quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

MENSAGEM PARA 2018

A palavra AGRADECER significa “FAZER A GRAÇA DESCER”, ou seja, quando você sente gratidão, ativa um imã que só atrai coisas boas para sua vida (física quântica)...
Já a palavra RE.CLAMAR significa “Clamar ao universo que lhe mande mais daquilo que você não deseja atrair para o seu destino”...Portanto, use o seu poder mental, emocional e espiritual de forma favorável à sua vida, e comece a agradecer diariamente tudo de bom que você é e tem na sua vida.Esse imã com o universo é tudo de melhor e mais magnífico que o viver pode nos proporcionar, então aproveite, faça uso e seja FELIZ!!!


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

vivendo e aprendendo, sempre!

SIGNIFICADO DA PALAVRA NOITE :

Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8 na respectiva língua. 

A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também simboliza infinito, ou seja, noite significa a união do infinitoem todas as línguas, veja:
  • Português: noite = n + oito
  • Inglês: night = n + eight
  • Alemão: nacht = n + acht
  • Espanhol: noche = n + oche
  • Francês: nuit = n + huit
  • Italiano: notte = n + otto

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O TEMPO PASSA RÁPIDO, ESCORRE PELAS MÃOS? OU SERÁ QUE A SUA VIDA É QUE ESTÁ RÁPIDA DEMAIS?

Vamos com calma, devagar...desacelere e leia esse maravilhoso texto, depois mude o "seu tempo", para melhor!


Mais rápido, mais rápido, mais rápido
PUBLICADO NO VALOR ECONÔMICO em 23/8/2013
Por Alexandre Rodrigues

Primeiro quase não havia o tempo. Ainda que o avanço do dia pudesse ser medido pelos relógios de sol e da noite pelos de água (parecidos com esses que ainda enfeitam shopping centers), os horários mais confiáveis ainda eram a alvorada, o sol a pino e o anoitecer. Por milênios, para as civilizações, medir o tempo - exceto os responsáveis pelos sinos das igrejas que anunciavam as missas - nunca foi propriamente uma obsessão. Então, em algum ponto entre os séculos XVIII e XIX, a história mudou. Máquinas e fábricas e, mais tarde, trens e cabos telegráficos lançaram o mundo em um ritmo de vida com relógios, horários e pressa, muita pressa - a revolução industrial.

Dois séculos depois, a humanidade vive uma doença do tempo, afirma o sociólogo alemão Hartmut Rosa, em "Beschleunigung und Entfremdung" (aceleração e alienação), ensaio ainda não publicado no Brasil. Fazendo eco a uma reclamação generalizada, ele aponta que o excesso de atividades anulou os ganhos que a tecnologia trouxe ao tempo das pessoas. O resultado é uma epidemia mundial de estresse, ansiedade e insônia.

"Vivemos para realizar tantas opções quanto possível da paleta infinita de possibilidades que a vida nos apresenta", diz. Viver intensamente a vida se tornou o principal objetivo do nosso tempo. "No fim do dia, nunca fizemos todas as coisas que deveríamos ter feito. Não trabalhamos o suficiente, não nos importamos o suficiente com as nossas crianças e pais, não estamos em dia com as notícias. O número de dimensões em que é suposto 'otimizar' a nossa vida, literalmente, explodiu nos últimos anos e não importa o quão rápidos e eficientes somos, nunca é o suficiente."
 "a humanidade vive uma doença do tempo", afirma o sociólogo alemão Hartmut Rosa

Rosa, autor de outros trabalhos sobre a velocidade na vida moderna e professor da Universidade de Jena, na Alemanha, aponta que nosso atual ritmo de vida é fruto de três tipos de aceleração: mecânica, da mudança social e do passo da vida. Iniciada com a revolução industrial, a aceleração mecânica modificou as comunicações, a produção e os transportes. Como consequência, provocou mudanças nas sociedades que alteraram o ritmo da vida. Resultado: mais aceleração.

Se de Júlio César a Napoleão a velocidade máxima para alguém ir de um ponto ao outro continuou a mesma - a de um cavalo -, os motores, primeiro nos trens e navios no século XIX, depois nos aviões e automóveis cem anos depois, encurtaram distâncias e aproximaram o mundo. O mesmo ocorreu nas comunicações a partir da invenção do telégrafo. As fábricas adotaram os horários para organizar a produção e a humanidade ganhou uma companhia: os relógios. Os operários agora precisavam morar perto do trabalho e isso os agrupou nas cidades, criando as metrópoles modernas.

Vistas na época, essas mudanças traziam a promessa de que seres humanos finalmente seriam capazes de moldar sua vida em comum e criar sociedades que os pensadores clássicos e da Renascença tinham imaginado. O resultado deveria ser uma era de razão em que a felicidade, a prosperidade e a liberdade deveriam ser para todos. No entanto, desde o início, quanto mais a tecnologia economizava tempo, mais ocupados todos se tornaram.

"A lógica da competição militar e dos Estados teve um papel nisso, e a ideia de que podemos ter algo parecido com uma 'vida eterna antes da morte' se a gente for rápido o bastante para fazer um número indefinido de coisas antes de morrer, também", explica Rosa. Mas o papel mais importante é do capitalismo. "Para crescer, economias capitalistas precisam acelerar e inovar incessantemente. Se param de crescer e acelerar, perdem empregos, empresas fecham as portas, as receitas do Estado entram em declínio e, como consequência, o sistema político perde legitimidade."

Esse processo, que já seguia em ritmo forte desde a revolução industrial, adquiriu uma velocidade alucinante a partir dos anos 1970, com a revolução dos computadores. Cada nova tecnologia passou a ser anulada pela produtividade. E com a globalização não só trabalhadores, mas também países, entraram em competição. "Como o trabalho cada vez mais especializado aumenta a produção, aumenta a quantidade de produtos e serviços que precisam ser consumidos", diz a dupla de sociólogos americanos John P. Robinson e Geoffrey Godbey. O resultado é um impulso para o consumo constante, seja de produtos, serviços ou viagens.

Em resposta, a própria percepção do tempo começou a mudar. James Tien e James Burnes, professores de matemática aplicada do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, analisaram o crescimento das estatísticas de produtividade e emissão de patentes em 1897 e 1997 para concluir que a percepção da passagem do tempo para um jovem de 22 anos é 8% mais rápida do que para alguém da mesma idade um século atrás. Para alguém com 62 anos, a vida hoje se passa 7,69 vezes mais rápida. A aceleração, dizem outros estudos, continua aumentando essa sensação.

As consequências são conhecidas de médicos desde quase o surgimento das máquinas. No fim do século XIX, denunciava-se uma epidemia de neurastenia, causada pelo ritmo de vida nas cidades. Com o avanço dos estudos, Larry Dossey, médico americano, criou, nos anos 80, a expressão "doença do tempo" para descrever a crença obsessiva de que o tempo está passando e a única solução é acelerar o ritmo de vida. Dois psicólogos cardíacos americanos, Diane Ulmer e Leonhard Schwartzburd, da Universidade de Berkeley, concluíram em um estudo, "Coração e Mente", que a pressa extrema e constante pode afetar a personalidade e as relações sociais, levando também a estresse, insônia, problemas cardíacos e de concentração.

A sensação de pressa também cria um estado de busca de ganhos imediatos, mesmo se há chance de uma recompensa maior no futuro, e reduz a propensão para fazer economia. "Descobrimos que até mesmo a exposição a símbolos de fast-food pode aumentar automaticamente a pressa, mesmo sem a pressão do tempo", diz Chen-Bo Zhong, psicólogo canadense da Universidade de Toronto que conduziu, com Sanford E. DeVoe, o estudo "Fast-Food e Impaciência". No Japão, onde a pressa se junta à pressão social, colapsos são tão comuns que há no vocabulário uma palavra, "karoshi", para os casos de trabalhadores que morrem com sobrecarga de trabalho.

Economistas se deram conta do fenômeno depois que o sueco Staffan Linder (1931-2000), publicou, nos anos 70, "A Classe Ociosa Atormentada", prevendo que os trabalhadores se tornariam atarefados demais para o lazer. Décadas depois, não só as previsões se confirmaram - segundo a socióloga americana Juliet Schor, 37% do tempo de lazer foi perdido nas nações industrializadas desde meados dos anos 70 - como a aceleração tecnológica mudou drasticamente a economia.

"Tem sempre um mercado aberto. Tem que estar sempre ligado no celular ou Skype", comenta Gabriel Franke, operador de mesa da corretora XP Investimentos. Com o "home broker" e as bolsas eletrônicas, cotações mudam segundo após segundo, afetando todos, e as negociações nos mercados podem seguir em qualquer hora ou lugar. "Às vezes tem cliente que está posicionado numa operação que tem influência de mercado lá fora e aí fico de olho mesmo. E alguns mercados, como o de moedas, nunca fecham." Tempo para o lazer? "Acabo tendo algum no domingo."

Os efeitos são ainda mais sentidos no mundo digital. Segundo Eric Schmidt, CEO do Google, o volume de informação produzida entre o início das civilizações e 2003 hoje é criado a cada dois dias. A capacidade de processamento dos computadores, seguindo a chamada Lei de (ex-presidente da Intel Gordon) Moore, continua a dobrar a cada 18 meses. Mas também há aceleração drástica no crescimento da população (o número de pessoas nascidas desde 1950 é o mesmo dos primeiros quatro milhões de anos da humanidade) e até no número de doenças descobertas (28 novas infecciosas desde os anos 70, de acordo com a Organização Mundial de Saúde).
 A aceleração, porém, não é a mesma para todos. Em um estudo chamado "A Geografia do Tempo", o psicólogo social americano Robert Levine, da Universidade da Califórnia, pesquisou a maneira como os habitantes de 31 cidades pelo mundo vivenciam o tempo. Em um exercício curioso, os pesquisadores mediram a velocidade das pessoas para percorrer um trecho de 18 metros. Os japoneses caminham mais apressados. Os brasileiros - ele viveu por um ano no país e se sentiu torturado pela falta de pontualidade local - ficaram com o 28º lugar. Em um trabalho parecido, pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, concluíram que a cada dez anos as pessoas faziam o mesmo trecho um segundo mais rápido.

"Embora eu não tenha dados empíricos, acredito que o ritmo acelerou no país, mas seletivamente", observa Levine. "À medida que a agitação atual demonstra, o crescimento econômico permanece limitado a certas pessoas e lugares e, na maioria das vezes, o mesmo pode ser dito sobre o ritmo resultante da vida."

Empregos, relacionamentos, amizades, até laços familiares, nada mais é para sempre. Um aspecto positivo é que as sociedades se tornaram mais heterogêneas, com o reconhecimento das minorias, direitos das mulheres, estilos de vida alternativos e novas formas de relacionamento. Quanto mais a tecnologia se acelera, mais rapidamente os países, os ocidentais, por enquanto, se tornam mais plurais. Hoje, 585 milhões de pessoas vivem em países onde o casamento gay é legalizado. Doze anos atrás, esse número era zero. Em junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou algumas proteções aos negros americanos, considerando que não são mais necessárias.

O lado negativo é o que levou Rosa a escrever o ensaio, um processo que ele chama de "alienação". O termo, tomado emprestado de Karl Marx, é o resultado final das mudanças sociais, quando o próprio ritmo da vida é alterado, exigindo novas tecnologias, que vão criar mais mudanças sociais e mais alterações do ritmo da vida, como em um círculo que se retroalimenta. "Alienação envolve um estado em que as pessoas já não se sentem em casa no seu mundo porque têm que mudar de lugar, trabalhos, ferramentas, rotinas, amigos e, talvez, até mesmo famílias o tempo todo", aponta Rosa.

Esse fenômeno estaria por trás de alguns conflitos sociais da atualidade. Parte das pessoas, segundo ele, não consegue dar conta das complexidades do mundo atual e busca refúgio no conservadorismo. Se não se tornam dogmáticas, radicalizando posições como no conflito permanente entre democratas e republicanos nos Estados Unidos, propõem, como ocorre atualmente na Alemanha, o abandono das discussões em nome da rápida adaptação às mudanças.

Má notícia para os políticos. Como a sociedade se move a um ritmo cada vez mais alucinante, há um abismo entre a política e as pessoas. "Essa fenda é a consequência de uma falta de sincronia entre o ritmo da política, de um lado, e a velocidade da mudança social no outro. A política tornou-se lenta demais", reflete o sociólogo alemão. "Em muitos casos, a política não é mais o marca-passo das tendências de mudança social, só está preocupada em apagar incêndios."

Trata-se de uma ameaça às democracias. Os políticos, afirma, estão deixando de ser relevantes, abrindo espaço ao surgimento de líderes populistas. Os argumentos saem de cena em troca de ressentimentos e instintos irracionais. Seria uma das razões que atualmente levam multidões às ruas em todo o mundo. "O nosso sistema é muito burocratizado e com várias normas que no fim das contas afastam as pessoas", faz coro o professor Rafael Alcadipani, coordenador de pesquisas organizacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), que tem estudado os protestos recentes no país. "A política precisa dar respostas e isso não tem acontecido."

Seja com os artistas e escritores do romantismo, transcendentalistas ou os do Arts & Crafts, movimentos pela desaceleração acompanham a própria história da aceleração. Sua versão moderna desde os anos 90 prega a opção pela lentidão. O pioneiro, o movimento "slow-food" (comida lenta), foi fundado pelo italiano Carlo Petrini em 1986 em reação à presença de uma filial do McDonald's no centro histórico de Roma e reage ao fast-food. Inspirados nos viajantes-escritores do século XIX, os praticantes do "slow-travel" (viagem lenta) advogam o envolvimento dos turistas com os locais visitados. Artistas do "slow-art" (arte lenta) produzem - e também defendem que seja assim a apreciação das obras - com todo o tempo do mundo.

Há ainda a "slow-fashion" (rejeita as roupas produzidas em massa, preferindo as costuradas à mão), o "slow-data" (chega de produzir tanta informação) e o "slow-stocks" (prega recompensas do mercado aos acionistas que mantiverem suas ações por mais tempo). Cada um leva a seu campo a luta contra o relógio. E, como tudo começou com a tecnologia, por que não reduzir o ritmo da ciência?
Livro "DEVAGAR" de Carl Honoré
"Precisamos ter tempo para pensar muito cuidadosamente sobre cada avanço científico - a fim de descobrir a melhor maneira de usá-lo no mundo real", afirma Carl Honoré, escocês radicado no Canadá, autor do best-seller "Devagar". Em 1990, ele esperava um voo no aeroporto de Roma, quando leu um texto chamado "A História de Dormir de um Minuto", em que autores condensavam clássicos das histórias infantis para pais sem tempo. Foi o ponto de partida para se tornar um militante da desaceleração. "Eu não acho que devemos reduzir a ciência. Pelo contrário. Eu acho que precisamos usar a ciência de forma mais sensata. E a sabedoria e a lentidão andam de mãos dadas."

Outra iniciativa: na Inglaterra e nos Estados Unidos, foi criado o "Banco do Tempo", onde pessoas trocam serviços, como pequenos consertos e cuidar de crianças e idosos, por um certo número de horas que dá direito a contratar outras pessoas para as próprias necessidades. A solução lembra a premissa do filme "O Preço do Amanhã", do diretor neozelandês Andrew Niccol, no qual cada humano precisa comprar mais tempo para seguir vivendo.

"Eu sou muito cético quanto a esses movimentos", rebate Hartmut Rosa. "Na verdade, sempre houve movimentos sociais e culturais contra a alta velocidade da modernidade. Por exemplo, em Paris, por volta de 1900, houve uma moda de andar com tartarugas em uma coleira, como forma de protesto. Mas, no fim, a velocidade sempre vence."

Resta ainda a pergunta: aonde a aceleração nos levará? Alguns estudiosos como Raymond Kurzweil, otimistas, apontam para a singularidade tecnológica, um grande salto científico, previsto para o século XXI, capaz de resolver quase todos os problemas - econômicos, ambientais, sociais. Para o sociólogo alemão, contudo, o pior perigo é a aceleração se tornar uma forma de totalitarismo. E ele não tem nenhuma sugestão para controlar o monstro. "No momento eu não tenho sequer um esboço de como isso poderia ser feito."



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Clarice Lispector entrevista Oscar Niemeyer


No Livro " De Corpo Inteiro"  Clarice Lispector entrevista Oscar Niemeyer

“Nascemos para amar”





Ninguém precisa apresentar o gênio da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer. Todos sabem que Lúcio Costa fez o traçado de Brasília, e Orçar a sua arquitetura: uma arquitetura que ultrapassa a nossa época e atinge plenamente o nosso futuro.  
Entrevistei Niemeyer. 
É um homem com maneiras simples, sem vaidades, sem formalismo, com olhar um pouco melancólico um pouco desiludido e cansado com Brasília: é com o nosso mundo, tal qual nele vivemos. 


Veja também o filme documentário: http://filmow.com/de-corpo-inteiro-entrevistas-t12139
 
CL - Por que arquivaram seu plano para a execução do aeroporto de Brasília?
ON - A Aeronáutica não pretendia recusar meu projeto. Recusou-o o Brigadeiro Castro Neves, com a mesma arbitrariedade com que meses antes demitiu cerca de cinqüenta professores do Centro Técnico da Aeronáutica de São José dos Campos,atitude que não se recomenda num país como o nosso, onde faltam técnicos e professores e que, no caso do aeroporto de Brasília, muita coisa pode explicar: o desrespeito pela nova capital, pela prefeitura e pelo Congresso, a intransigência que impediu o diálogo, como se, diante de problemas nacionais, homens da direita não pudessem se aproximar e entender. Explica também, as manobras ridículas que o pequeno grupo da esquerda não pudessem se aproximar e entender. Explica, também, as manobras ridículas que o pequeno grupo da Aeronáutica – que não a representa – adotou para impor o monstrengo em execução, declarando publicamente ao Congresso tratar-se de um aeroporto militar, para, depois, contradizendo-se, comunicar à Justiça Federal que a obra em realização será a maior estação de passageiros da América Latina. Tudo isso levou-nos à ação popular que acompanhamos tranqüilos. Nosso objetivo é paralisar a obra e, principalmente, denunciar o brigadeiro Castro Neves por esse crime contra a nova capital, impondo-lhe uma estação de passageiros que não tem nada a ver com a sua arquitetura. Quando combatemos o projeto apresentado pela Diretoria de Engenharia da Aeronáutica, não procuramos atingir nossos colegas daquela repartição, mas a interferência negativa do brigadeiro Castro Neves nesse projeto, comprometendo-o irremediavelmente.

CL - Acha que Brasília, depois de pronta, em sua essência, atenderá ao ideal democrático que sua arquitetura pretendeu quando a planejou?
ON - Arquitetura não impede nem sugere determinada política. No Palácio do Planalto, por exemplo, previ uma tribuna externa e dela, infelizmente, o povo brasileiro nunca ouviu as decisões que reclama. Mas somos otimistas. Um dia ela terá utilização justa. Afinal, o Palácio é do povo e as minorias dominantes não poderão substituir.
CL- Oscar, qual seria a solução arquitetônica que você daria às favelas cariocas?
ON- Nenhum arquiteto consciente se propõe a resolver o problema das favelas. Sabe que a miséria decorre da injustiça social e que o êxodo do homem do campo em busca dos grandes centros tem sua origem na situação desesperada de exploração e miséria que há séculos o persegue. Trata-se, por tanto, de um problema social que somente uma modificação de base poderá resolver. Por todas essas razões, para o arquiteto realmente empenhado no problema, a solução lógica é integrar-se nos movimentos progressistas que visam à reforma da sociedade. Quando um arquiteto insiste na importância da arquitetura social e nas formas simples e pré-fabricadas que sugere, esquece que essa arquitetura só é válida em país socialista. Nos outros, nos países capitalistas como o nosso, ela se limita a pequenas realizações demagógicas, fora da escala que o problema estabelece. É possível apenas mudar as favelas de lugar. Para extingui-las, teríamos que ir fundo no problema que se baseia na discriminação social e, desculpe o lugar-comum, na exploração do homem pelo homem.

CL- Eu uma vez escrevi: “A construção de Brasília: a de um Estado totalitário”. Que é que você acha dessa minha impressão, Oscar? 
ON- Quando Brasília foi inaugurada comentei no meu pequeno livro minha experiência em Brasília o seguinte: “Com a mudança de capital, Brasília mudou muito e vemos com pesar que o ambiente se transformou por completo, perdendo aquela solidariedade humana que antes o distinguia, que nos dava a impressão de viver num mundo diferente, num mundo novo e justo que sempre desejamos. Vivíamos naquela época como uma grande família, sem preconceitos e desigualdades. Morávamos em casas iguais, comíamos nos mesmos restaurantes, freqüentávamos os mesmos locais de diversão. Até nossas roupas eram semelhantes. Unia-nos um clima d de confraternização proveniente de idênticos desconfortos. Agora, tudo mudou, e sentimos que a vaidade e o egoísmo aqui presentes e que nos mesmos estamos voltando, pouco a pouco, aos hábitos e preconceitos da burguesia que tanto detestamos. Passamos a nos preocupar com a indumentária e a freqüentas locais de luxo e de discriminação. Vemos os nossos companheiros – os mais humildes – apenas de passagem e sentimos que uma barreira de classe nos separa. Nossas casas perderam aquele aspecto proletário que antes os atraiam, como se fossem as suas próprias casas, ou um prolongamento do nosso escritório, e o conforto de que hoje desfrutamos – embora modesto – os assusta e os intimida, retendo-os à nossa porta, como aguardando um convite indispensável. A conversa perdeu aquele calor humano – simples e inocente – que nos refazia, conduzida agora pelos que chegam – com nossa repulsa – para assuntos de lucros e especulações. Apenas aqueles companheiros não mudaram, com as misérias e reivindicações de sempre. Brasília mudou e isso nos deprime, apesar de compreendermos as contingências decorrentes da cidade que cresce e que durante algum tempo, pelo menos, representará o regime capitalista, com todos os seus vícios e injustiças. Somos, entretanto, otimistas. Breve, a ilusão que perdemos será realidade”.

CL- Eu uma vez escrevi: “Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, dois homens solitários”. Também escrevi: “Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto deles e deixariam o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um mistério”. Que é que você acha disso, Oscar? 
ON- Sua observação me deixa satisfeito. Meu intuito ao projetar a arquitetura de Brasília foi, antes de tudo, fazê-lo diferente e, se possível, plena de surpresa e invenção. Pretendia uma arquitetura que a caracterizasse e, nesse aspecto, sinto-me realizado, vendo que seus elementos arquitetônicos – as colunas do Alvorada, por exemplo – vão se repetindo, repetindo, utilizados nas formas mais diversas (construções, objetos, símbolos etc.). Um dia, há dois anos, passava por uma rua em Paris, quando vi, surpreso – estávamos no Natal – as colunas do Alvorada construídas em tamanho natural, como decoração do edifício da Kodak. E agradou–me mais ainda ouvir certa vez de André Malraux esse comentário: “as colunas do Alvorada são elementos arquitetônicos mais importantes depois das colunas gregas.”   

CL- Por que você acha que escrevi: “quando morri, um dia abri os olhos e era Brasília. Eu estava sozinha no mundo. Havia um táxi parado. Sem chofer.”
ON- Porque Brasília lhe parece uma cidade sem vida. Volto a André Malraux. Quando Le Corbusier comentou que Brasília estava ameaçada de abandono pelo governo de Castelo Branco, ele respondeu: “Será uma pena! Mas que belas ruínas teremos.”

CL- Eu escrevi: “A alma aqui não faz sombra no chão.” “É urgente: se não acontecer, será demais: não haverá lugar para pessoas. Elas se sentirão tacitamente expulsas.”
ON- O vazio da nova capital, ainda em construção, volta a impressioná-la. Se os operários que a construíram nela estivessem vivendo, se a sociedade fosse mais justa e a vida boa para todos, talvez Brasília não lhe desse esse sentimento de angustia e solidão. Afinal, Brasília já conta com cerca de 300 mil habitantes, mas a grande maioria, infelizmente, não vive e nem participa da sua vida.

CL- Quais são os seus projetos agora, Oscar? 
ON- Meus projetos se adaptam às circunstancias e às convocações que recebo. Agora, por exemplo, sigo para a Argélia, convidado pelo governo argelino para elaborar o plano urbanístico de Argel, o Monumento à Revolução, a Universidade de Constantino e um centro esportivo. Os temas me atraem e por outro lado trata-se de um país como o nosso, cheio de problemas e esperanças. Vou primeiro a Argel, depois a Paris assistir ao lançamento da pedra fundamental do edifício sede do PCF, daí seguindo para Portugal, Madeira e Líbano, a fim de supervisionar meus projetos. Como você vê, encontro fora do Brasil uma receptividade que me comove. É arquitetura que se impõe e se divulga por todo o mundo.
CL- Quais as características da arquitetura brasileira?
ON- a arquitetura brasileira assumiu desde os primeiros tempos uma posição definida e própria no movimento moderno, ingressando corajosamente nas formas livres e inovadoras que hoje caracterizam. Ao contrario do “ângulo reto”, eram a curva e suas relações com o concreto armado e nossa tradição barroca que nos atraiam. Hoje, passados muitos anos, recordamos com agrado esse período importante da nossa arquitetura; as críticas fáceis que a ignorância e a insensibilidade permitiam, críticas que os arquitetos do mundo, cansados de tanta repetição, hoje repudiam, atraídos como nós para a invenção arquitetural. Fomos os primeiros a recusar o funcionalismo absoluto e dizer francamente que a forma plástica em certos casos (quando o tema o permite) pode prevalecer, que a beleza é uma função e das mais importantes na arquitetura. Alguns arquitetos de outros paises publicamente nunca os admitiram. Estas as características que se mantêm inclusive nas obras pré-fabricadas destinadas à coletividade, sem prejuízo de suas razões fundamentais, de tempo e de economia.
CL- E o caso Kennedy?
ON- Shiran Shiran é um pobre-diabo e os motivos que apresenta para explicar seu crime – ódio a Kennedy e de Luther King estão na mesma linha de violência e, a meu ver, os reacionários, os racistas, os grandes trustes e o império industrial militar é que poderão explicá-los. É a reação que, alarmada diante do mundo melhor que desponta,recorre à violência, à guerra e à mistificação. Mas a própria guerra do Vietnã nos faz otimistas, mostrando aos povos subdesenvolvidos que o poderio se abala quando a razão, a coragem e a determinação estão presentes.
CL- Que pensa da nossa juventude? 
ON- Quase sempre julgamos a juventude pensando na juventude de nossa geração. Esquecemos que hoje ela está mais adulta, mais esclarecida e interessada em todos os problemas da época. Daí sua revolta diante desse mundo de privilégios, guerras e preconceitos. Representa um movimento de esquerda, porque para a esquerda segue a humanidade. Um movimento indefinido, mas cheio de espontaneidade e de idealismo. Somente os reacionários, os donos do dinheiro, dos privilégios e preconceitos a combatem. A juventude representa o futuro, o mundo melhor que até hoje não conseguimos construir. Você esta me perguntando qual é a coisa mais importante do mundo, qual a coisa mais importante para a vida de uma pessoa como individuo, e o que é o amor. Respondo-lhe: saber situar-se neste mundo de alegrias e tristezas em que vivemos, certos de que não estamos sozinhos, que milhões de criaturas nos cercam e que a vida é injusta e sem perspectivas. Sentir a fragilidade das coisas e a pouca importância de tudo que realizamos; ter prazer em ser útil e solidário com os que sofrem, usufruindo da vida os momentos de prazer e ilusão que ela nos propicia; dar ao amor o sentido universal que merece.
Nascemos para amar. Para isso, sem consulta, fomos depositados neste planeta.
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OSCAR NIEMEYER-O grande nome da Arquitetura Modernista. Entre suas obras mais importantes destacam-se os prédios governamentais de Brasília (Palácio da Alvorada, palácio do Planalto) além da Catedral e do Congresso Nacional. Em Belo Horizonte, o Conjunto da Pampulha; no Rio de Janeiro, o Sambódromo. Integrou também as equipes que projetaram a Sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, e o Ministério da Educação e saúde, hoje Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

SIGNIFICADO DA PALAVRA NOITE :
Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8 na respectiva língua. 
A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também simboliza infinito, ou seja, noite significa a união do infinito, em todas as línguas, veja:
  • Português: noite = n + oito
  • Inglês: night = n + eight
  • Alemão: nacht = n + acht
  • Espanhol: noche = n + oche
  • Francês: nuit = n + huit
  • Italiano: notte = n + otto

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

COBOGÓ - qual a origem desse nome estranho...

Cobogó é o nome dado ao elemento ou tijolo vazado.
Seu nome vem das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros, que trabalhavam no Recife, no século XX e conjuntamente o idealizaram:
Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de is, que registraram a patente e o nome em 1929.

No RJ onde nasci, me formei e sempre trabalhei com construção civil, sempre falei Cobogó, porém ao chegar em SP descobri que eles não conheciam essa palavra e só falam "elemento vazado", só que p/ mim isso representa um

O mais engraçado é que mesmo no Rio ou em outros estados do Norte e Nordeste onde esse produto é usualmente chamado assim, várias pessoas, inclusive do ramo da construção, não conseguem pronunciar corretamente, e vira uma gozação... elas dizem: congogó, bobogó, combongó, cogogó!!!!!
Gente...é tanta criatividade!

Estes elementos eram originalmente feitos em concreto ou porcelana, e possuiam as cores da época: amarelinho, verde agua, rosinha, azul geladeira ou azul calcinha...kkkk

Mas tem alguns modelos que, quando bem aplicados e projetados, até que ficam bem legais e modernos!
Vejam algumas opções:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"LIBERDADE" - Libertad do escultor Zenós Frudakis - Filadélfia

O escultor Zenós Frudakis, nascido em 1951, vive na Filadélfia e cria essas GENIALIDADES!!! Liberdad foi criada em 2001 para a sede da Glaxo Air Force na Filadélfia.
Como pode essa "Liberdade" nos Prender tanto??? os olhos ficam fixos, o tempo pára, a emoção aflora, o sentimento de liberdade nos provoca! Uallll



Simples assim...genial assim!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O que acontece no meio - Martha Medeiros

No final do ano, de passagem pelo RJ, tive a grata supresa de abrir uma revista do Jornal O Globo e ler esse texto maravilhoso da Marta Medeiros! muito apropriado p/ um Natal e início de novo ano, e muito bom p/ quem já está no meio (quase 1/2 século) como eu! (clique na imagem p/ ampliar o texto e se delície!!!)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Votos para 2012 - ALEGRIA E DEVOÇÃO

Que as palavras abaixo nos ajude a ver o cenário e a realidade em que vivemos, mas também nos mostre novos horizontes e objetivos p/ o ano que se inicia!
Que venha 2012!!!! com muita alegria e vontade do bem, da paz, da união, da interação e convivência harmoniosa em seres humanos e natureza!

No fim, é só um começo!

Por: ALESSANDRA LELES ROCHA

"Ainda que muito tenha sido falado sobre previsões para o fim dos tempos em 2012, a verdade é que estamos à porta dele e o bom senso nos exige pensar que ao contrário de eventuais alarmismos, ele venha ser o arauto de boas novas e transformações positivas para o planeta Terra e, sobretudo, a raça humana.


2011 finda; mas, havemos de concordar que o ano passou arrastando correntes! O mundo pareceu a todo instante equilibrar-se em uma instável corda bamba, em meio aos conflitos de todas as ordens: religiosas, políticas, econômicas e sociais. Lobo de si mesmo, o ser humano esteve a postos para ser contra todos e a favor de si.
Apesar de chamada “Primavera árabe”, o movimento que se estendeu pelos países do Oriente Médio deixa em suspenso se a ira e o sangue derramado deixarão de fato que as flores da democracia, da liberdade, da reconstrução dos valores e da dignidade cidadã venham a florescer. Enquanto no ocidente foram os movimentos contra os descaminhos da economia mundial e a ferocidade das práticas capitalistas que conduziram centenas de milhares de pessoas as ruas para protestar.
Embora elemento crucial no universo econômico, o ser humano parece ter percebido, pela primeira vez, o quão distante esteve todos esses anos de ser considerado e ver suas necessidades priorizadas no momento das tomadas de decisões e organização da economia pelos gestores responsáveis. Acabam de descobrir que no fim das contas resta para o cidadão comum simplesmente “pagar a conta”, geralmente alta, dos equívocos e irresponsabilidades sobre a economia. Recessão, desemprego, inflação foram alguns dos fantasmas que voltaram a rondar as sociedades mundo afora e a preocupar quanto aos rumos desse século que está apenas começando e já conta com uma população global de aproximadamente sete bilhões de pessoas.
E não bastasse tudo isso, houve quem ocupasse o próprio tempo cultivando preconceitos, fomentando intolerâncias, promovendo desserviço de todas as ordens para não perder o costume e nem as raízes naturais da barbárie primitiva. Sob o signo do topo da cadeia evolutiva, o Homo sapiens contemporâneo desfaz-se do conceito de coletividade, desrespeita os códigos e as normas, faz chacota da impunidade e delibera suas próprias leis e condutas. Resumo da história: exemplos escandalosos e aviltantes não faltaram nas manchetes diárias!
Olhando para o próprio umbigo verde e amarelo, entre parcos respingos de alegrias o ano passou praticamente seco da felicidade. Sorrisos para não perder o costume, mas sem grandes razões para gargalhar até desopilar o fígado; afinal, até as alegrias mais banais foram contaminadas no lodo de outros interesses, como por exemplo, o futebol. Das boas lembranças ficaram o desempenho dos atletas olímpicos e, especialmente, os paraolímpicos que disputaram os Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México. Que força, que garra, que superação existe dentro desses indivíduos para permanecer na obstinação desportiva, quando a realidade é tão distante do elementar, do necessário, do luzir dourado das medalhas!

Então, que o virar da página do calendário não signifique o depósito confiante e cego em um ano de perfeição, nem tampouco uma continuidade requentada do realismo ácido que se estende há tempos. Que 2012 represente o confronto do ser humano consigo mesmo, a ruptura ideológica mais radical com os “achismos” e “conformismos” para dar lugar a sua consciência limitada e dependente de todos os elementos que compõem a vida, um basta à autossuficiência capenga e caricata. Que 2012 seja a despedida das aparências (porque elas enganam, viu?) e a valorização do SER (ao contrário do TER). Porque de resto, ao panorama que se vislumbra ao longe, estaremos todos a mercê de novos cataclismos (como de costume desde sempre na história da Terra) para verificarmos se na prática conseguimos alcançar bons resultados de nossas próprias transformações."

domingo, 27 de novembro de 2011

O que é Ser Carioca - perguram no Facebook...

Ser carioca é ter alegria de viver e ser essa alegria aonde você estiver! é ser de bem com a vida naturalmente... ser carioca é se emocionar ao ver o mar, o céu e a montanha juntos, numa beleza iniqualável!!! é reconhecer isso ao passar pela Niemeyer, ou ir p/ Grumari, ou quando passa pela Ponte Rio Niterói e vê a serra dos orgãos em Teresópolis. É sentir o coração bater forte, ter orgasmos de alegria quando está lá em cima no Pão de Açuçar, no Cristo Redentor ou no Parque da Cidade em Niterói vendo toda a BELEZA estontiante do Rio, e entender a mão de Deus na sinuosa e bela formação geográfica da Baía de Guanabara! É ser metido mesmo e declara seu orgulho em ser da cidade maravilhosa! Ser carioca não é para qualquer um...ser cariora é ser um ser agraciado por Deus, assim como eu!!!!! kkkk


domingo, 28 de agosto de 2011

FOTOS - FÉRIAS 2011 - ESPANHA E PORTUGAL (ORIGENS QUARESMA)

AÇORES - ILHA do PICO e do FAIAL - minha origem QUARESMA, conhecer a historia e família. Saber que tenho primos tão lindos e doces como a Guida, Brigite e Vitor, isso não tem preço!!! é simplesmente FELICIDADE!!! Album de FOTOS: https://picasaweb.google.com/gaiaquaresma/ACORESILHADoPICOEDoFAIALDe5A12ago2011?authuser=0&authkey=Gv1sRgCPi-xvzCwJ-Q1gE&feat=directlink

LISBOA:  nossas origens, historias, semelhanças... muito bom!!! Album de FOTOS: https://picasaweb.google.com/gaiaquaresma/Lisboa02A0582011?authuser=0&authkey=Gv1sRgCN3IzrW6jbGrHQ&feat=directlink
VILA NOVA DE GAIA / PORTO: encontrar amiga anfitreã Higina + Daniel, Lopes e Bruna - foi um aconchego só!!!! conhecer as vinhas, beber vinho do porto...delícia de viagem!!! Album de FOTOS:
https://picasaweb.google.com/gaiaquaresma/VilaNovaDeGaiaPorto317A2811?authuser=0&authkey=Gv1sRgCLaL98L-_oDciwE&feat=directlink
BARCELONA / ESPANHA: é Gaudí, é Barceloneta, é arte, sol, praia, juventude, modernindade...é o que há de melhor!!! Álbum de Fotos: https://picasaweb.google.com/gaiaquaresma/BARCELONADe27A31711?authuser=0&authkey=Gv1sRgCKOmw4uAnqD2RA&feat=directlink
MADRI / ESPANHA:  nunca vi tanta gente bonita por m2!!! uhuuuuu que cidade linda, limpa, legal!!! show de bola! adorei conhecer e recomendo!
Álbum de Fotos: https://picasaweb.google.com/gaiaquaresma/MADRIDDe23A27jul2011?authuser=0&authkey=Gv1sRgCJacvMaunpuwLQ&feat=directlink

quarta-feira, 29 de junho de 2011

FAVELA - ORIGEM E HISTÓRIA DO NOME = FORMA DE HABITAR

A FAVELA, COMO CONHECEMOS HOJE (significando um local com habitações pobres) E SUA ORIGEM

Considerada oficialmente a primeira favela do Rio de Janeiro, o Morro da Providência, que fica atrás da Central do Brasil, foi batizado no final do século 19 como Morro da Favela, daí também a origem do nome (substantivo) que se espalhou depois por outras comunidades carentes do Rio de Janeiro e do Brasil. Os primeiros moradores do Morro da Favela eram ex-combatentes da Guerra de Canudos e se fixaram no local por volta de 1897. Cerca de 10 mil soldados foram para o Rio com a promessa do Governo de ganhar casas na então capital federal. Como os entraves políticos e burocráticos atrasaram a construção dos alojamentos, os ex-combatentes passaram a ocupar provisoriamente as encostas do morro - e por lá acabaram ficando.
Tanto a origem do nome Favela quanto Providência remete à Guerra de Canudos, travada entre tropas republicanas e seguidores de Antônio Conselheiro no sertão baiano. Favela era o nome de um morro que ficava nas proximidades de Canudos e serviu de base e acampamento para os soldados republicanos. Faveleiro é também o nome de um arbusto típico do sertão nordestino. O então jornalista e escritor Euclides da Cunha descreveu assim o morro da Favela no seu livro Os Sertões, sobre a Guerra de Canudos:
"O monte da Favela, ao sul, empolava-se mais alto, tendo no sopé, fronteiro à praça, alguns pés de quixabeiras, agrupados em horto selvagem. À meia encosta via-se solitária, em ruínas, a antiga casa da fazenda (...). O arraial, adiante e embaixo, erigia-se no mesmo solo perturbado. Mas vistos daquele ponto, de permeio a distância suavizando-lhes as encostas e aplainando-os... davam-lhe a ilusão de uma planície ondulante e grande".
FONTE: http://morroprovidencia.blogspot.com/2011_02_01_archive.html

Favela com o Cristo Redentor ao fundo
Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos os bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim,mas a história é bem mais interessante que isto.
O origem do nome "FAVELA" remete a um fato marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos.
Na Caatinga nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA"
FAVELA ( Cnidoscolus phyllancatus)
Mapa da Região de Canudos - Bahia

Em Canudos, muitos sertanejos se instalaram nos arredores do "MORRO DA FAVELA", batizado em homenagem a esta planta.
Morro da Favela em dois momentos: Guerra de Canudos (esquerda) e atualmente (Direita)

Com medo de que a revolta minasse as bases da República recém instaurada, foi realizado um verdadeiro massacre em Canudos, com milhares de mortes, torturas e estupros em massa, num dos mais negros episódios da história militar brasileira, feito com maciço apoio popular.
Quando os soldados republicanos voltaram ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seus soldos, e por falta de condições de vida mais digna, instalaram-se em casas de madeira sem nenhuma infraestrutura em morros da cidade (o primeiro local foi o atual "Morro da Providência"), ao qual passaram a chamar de "FAVELA", relembrando as péssimas condições que encontraram em Canudos.
Morro da Providência em foto antiga. Onde tudo começou...


Morro da Providência atualmente

ATENÇÃO!!! Costumamos achar que as maiores Favelas do mundo encontram-se no Brasil, mas é um engano. Nenhuma comunidade brasileira aparece entre as 30 maiores do Mundo. México, Colômbia, Peru e Venezuela lideram o Ranking, em mais um triste recorde para a América Latina.
MAPA DAS MAIORES FAVELAS DO MUNDO

Vista aérea da Favela de NEZA, nas proximidades da Cidade do México
A Maior do Mundo, com mais de 2,5 milhões de Habitantes

Outro engano comum é achar que as Favelas são um fenômeno "terceiro-mundista", restrito a países subdesenvolvidos ou emergentes. Apesar de em quantidade bem menor, países desenvolvidos como Espanha também tem suas Favelas, chamadas por lá de "Chabolas".

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Índio brasileiro usa a internet para defender o meio ambiente

Ouvi essa notícia ontem na CBN e fiquei muito feliz e orgulhosa em saber que um indio brasileiro teve uma idéia tão eficaz, exequível e tão nobre, e ainda fazendo uso da tecnoclogia p/ o bem da humaninade e da natureza! Vejam que bacana:
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/gilberto-dimenstein/2011/06/07/INDIO-BRASILEIRO-USA-A-INTERNET-PARA-DEFENDER-O-MEIO-AMBIENTE.htm
Gilberto Dimenstenin, conta que "uma revista americana traz a lista das cem pessoas mais criativas em negócios no mundo. Entre esses 100 escolhidos, estão pessoas do Google, do Faceboock.
Dos brasileiros citados, estão Eike Batista e o publicitário Nizan Guanaes. Esses dois últimos mereceram seus destaques, mas teve outro brasileiro que ganhou quatro páginas nessa lista dos mais criativos, um índio que ajudou a reinventar a internet, ele é o chefe Almir, da tribo dos Suruí, que fica na fronteira do Acre com Rondônia.
Almir foi de cocar e todos os apetrechos na sede da Google, nos Estados Unidos, e disse que tinha uma ideia para ajudar a combater a destruição da Amazônia, e para isso seria possível utilizar a internet. É claro que muitos acharam tudo muito maluco. O fato é que começou a aparecer pessoas interessadas em ouvir aquela ideia. Foi montado um sistema de mapeamento na tribo de Almir, que passou a utilizar um lap top com internet. Além do mapeamento do local, cada índio ganhará um smartphone para denunciar quando houver qualquer derrubada ou invasão irregular. Podendo assim, ser colocado em tempo real no Google Word, que todo mundo conhece. Almir ganhou espaço com a idéia."
 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Signos - Curiosidades e Brincadeiras

Resolvi publicar 3 brincadeiras sobre os signos que circulam por email há algum tempo...
São antigas mas sempre tão atuais, e sempre que leio, dou boas risadas!

1º - COMO CADA SIGNO REZA ANTES DE DORMIR:
Áries (21/3 - 19/4)
"Querido Deus! Dê-me PACIÊNCIA, e eu a quero AGORA"!
Touro (20/4 - 20/5)
“Deus, por favor, ajude-me a aceitar MUDANÇAS em minha vida, mas NÃO AGORA."
Gêmeos (21/5 - 20/6)
“Ei Deus...Ou será deusa?...Quem é você?....O que é você?.....Onde está você?.....Quantos de você há? não posso te imaginar!"
Câncer ( 21/6 - 22/7)
"Querido Papaizinho, sei que eu não deveria depender tanto de você, mas você é a Única pessoa com quem eu posso sempre contar enquanto meu seguro cobertor está sendo lavado."
Leão (23/7 - 22/8)
"Oi, Papito! Eu posso apostar como você está realmente orgulhoso em ter a mim como seu filho!"
Virgem (23/8 - 22/9)
“Querido Deus, por favor faça do mundo um lugar melhor, e não o destrua como você fez da última vez."
Libra (23/9 - 22/10)
"Querido Deus, eu sei que eu deveria tomar minhas decisões sozinho. Mas,  por outro lado, o que VOCÊ acha?"
Escorpião (23/10 - 21/11)
"Querido Deus, ajude-me a perdoar meus inimigos, mesmo que os crápulas não  mereçam."
Sagitário (22/11 - 21/12)
"Oh onipotente, onisciente, todo amoroso, todo poderoso, onipresente, eterno deus, se eu lhe peço uma vez, estou pedindo centenas de vezes, ajude-me a parar de exagerar!"
Capricórnio (22/12 -19/1)
"Querido Pai, eu estava indo rezar, mas acho que devo descobrir as coisas por mim mesmo. Obrigado de qualquer forma."
Aquário (20/1- 18/2)
"Oi, Deus! Alguns dizem que você é homem. Outros dizem que você é mulher. Eu digo que todos nós somos DEUS. Então, por que rezar? Vamos fazer uma festa!"
Peixes (19/2 - 20/3)
"Pai Celestial, enquanto eu me preparo para consumir este último quinto de scotch para esquecer minha dor e meu sofrimento, possa minha embriaguez servir para aumentar sua Honra e Glória.

2º -   OS SIGNOS ATRAVESSANDO A RUA

Por que o Ariano atravessou a rua?
Certamente para bater boca com alguém que estava do outro lado.
Por que o Taurino atravessou a rua?
Porque encasquetou com a idéia.
Por que o Geminiano atravessou a rua?
Se nem ele sabe, como é que eu vou saber?
Por que o Canceriano atravessou a rua?
Porque estava se sentindo só e abandonado deste lado de cá.
Por que o Leonino atravessou a rua?

Para chamar a atenção, sair nos jornais, revistas, etc.
Por que o Virginiano atravessou a rua?
Ele ainda não atravessou porque está medindo a largura da rua, a velocidade dos carros, se essa experiência é válida, qual seria a melhor hora de atravessar essa rua, etc.
Por que o Libriano atravessou a rua?
Ele nem precisou atravessar. Alguém acabou oferecendo carona para ele.
Por que o Escorpiano atravessou a rua?
Porque era proibido.
Por que o Sagitariano atravessou a rua?
Porque a idéia pareceu maneira e deu vontade.
Por que o Capricorniano atravessou a rua?
Porque foi pechinchar nas lojas do outro lado.
Por que o Aquariano atravessou a rua?
Porque isso faz parte de uma experiência que trará incontáveis avanços tecnológicos no futuro.
Por que o Pisciano atravessou a rua?
Que rua? Ih, é ...
 

3º - OS SIGNOS E A TROCA DE LÂMPADA

      Quantos arianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Apenas um, mas serão necessárias muitas lâmpadas.
Quantos taurinos são necessários para trocar uma lâmpada?
Nenhum: Taurinos não gostam de mudar nada.
Quantos geminianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Dois (é claro). Vai durar o fim de semana inteiro, mas quando estiver
pronto a lâmpada vai fazer o serviço da casa, falar francês e ficar da
cor que você quiser.
 
     Quantos cancerianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Somente um. Mas levará três anos para um terapeuta ajudá-lo a passar
pelo processo.
 
     Quantos leoninos são necessários para trocar uma lâmpada?
Um leonino não troca lâmpadas, a não ser que ele segure a lâmpada e o
mundo gire em torno dele.

Quantos virginianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Vamos ver: um para girar a lâmpada, um para anotar quando a lâmpada
queimou, e a data em que ela foi comprada, outro para decidir de quem
foi a culpa da lâmpada ter sido queimada e perguntar, dez para decidir como
remodelar a casa enquanto o resto troca a lâmpada....
Quantos librianos são necessários para trocar um lâmpada?
Bom, na realidade eu não sei. Acho que depende de quando a lâmpada foi
queimada. Talvez só um, se for uma lâmpada comum, mas talvez dois se a
pessoa não souber onde encontrar uma lâmpada, ou ...
Quantos escorpianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Mas quem quer saber? Por que "você" quer saber? Você é um policial?
Quantos sagitarianos são necessários para trocar uma lâmpada?
O sol está brilhando, está cedo, nós temos a vida inteira pela frente, e
você está preocupado em trocar uma lâmpada estúpida?
Quantos capricornianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Nenhum. Capricornianos não trocam lâmpadas - a não ser que seja um
negócio lucrativo.
Quantos aquarianos são necessários para trocar uma lâmpada?
Vão aparecer centenas, todos competindo para ver quem será o único a
trazer a luz ao mundo.
  
Quantos piscianos são necessários para trocar uma lâmpada?
O quê? A luz está apagada?

Se quiser fazer um pequeno mapa astral, segue a dica: http://www.stum.com.br/mapa/