segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Votos para 2012 - ALEGRIA E DEVOÇÃO

Que as palavras abaixo nos ajude a ver o cenário e a realidade em que vivemos, mas também nos mostre novos horizontes e objetivos p/ o ano que se inicia!
Que venha 2012!!!! com muita alegria e vontade do bem, da paz, da união, da interação e convivência harmoniosa em seres humanos e natureza!

No fim, é só um começo!

Por: ALESSANDRA LELES ROCHA

"Ainda que muito tenha sido falado sobre previsões para o fim dos tempos em 2012, a verdade é que estamos à porta dele e o bom senso nos exige pensar que ao contrário de eventuais alarmismos, ele venha ser o arauto de boas novas e transformações positivas para o planeta Terra e, sobretudo, a raça humana.


2011 finda; mas, havemos de concordar que o ano passou arrastando correntes! O mundo pareceu a todo instante equilibrar-se em uma instável corda bamba, em meio aos conflitos de todas as ordens: religiosas, políticas, econômicas e sociais. Lobo de si mesmo, o ser humano esteve a postos para ser contra todos e a favor de si.
Apesar de chamada “Primavera árabe”, o movimento que se estendeu pelos países do Oriente Médio deixa em suspenso se a ira e o sangue derramado deixarão de fato que as flores da democracia, da liberdade, da reconstrução dos valores e da dignidade cidadã venham a florescer. Enquanto no ocidente foram os movimentos contra os descaminhos da economia mundial e a ferocidade das práticas capitalistas que conduziram centenas de milhares de pessoas as ruas para protestar.
Embora elemento crucial no universo econômico, o ser humano parece ter percebido, pela primeira vez, o quão distante esteve todos esses anos de ser considerado e ver suas necessidades priorizadas no momento das tomadas de decisões e organização da economia pelos gestores responsáveis. Acabam de descobrir que no fim das contas resta para o cidadão comum simplesmente “pagar a conta”, geralmente alta, dos equívocos e irresponsabilidades sobre a economia. Recessão, desemprego, inflação foram alguns dos fantasmas que voltaram a rondar as sociedades mundo afora e a preocupar quanto aos rumos desse século que está apenas começando e já conta com uma população global de aproximadamente sete bilhões de pessoas.
E não bastasse tudo isso, houve quem ocupasse o próprio tempo cultivando preconceitos, fomentando intolerâncias, promovendo desserviço de todas as ordens para não perder o costume e nem as raízes naturais da barbárie primitiva. Sob o signo do topo da cadeia evolutiva, o Homo sapiens contemporâneo desfaz-se do conceito de coletividade, desrespeita os códigos e as normas, faz chacota da impunidade e delibera suas próprias leis e condutas. Resumo da história: exemplos escandalosos e aviltantes não faltaram nas manchetes diárias!
Olhando para o próprio umbigo verde e amarelo, entre parcos respingos de alegrias o ano passou praticamente seco da felicidade. Sorrisos para não perder o costume, mas sem grandes razões para gargalhar até desopilar o fígado; afinal, até as alegrias mais banais foram contaminadas no lodo de outros interesses, como por exemplo, o futebol. Das boas lembranças ficaram o desempenho dos atletas olímpicos e, especialmente, os paraolímpicos que disputaram os Jogos Pan-americanos, em Guadalajara, no México. Que força, que garra, que superação existe dentro desses indivíduos para permanecer na obstinação desportiva, quando a realidade é tão distante do elementar, do necessário, do luzir dourado das medalhas!

Então, que o virar da página do calendário não signifique o depósito confiante e cego em um ano de perfeição, nem tampouco uma continuidade requentada do realismo ácido que se estende há tempos. Que 2012 represente o confronto do ser humano consigo mesmo, a ruptura ideológica mais radical com os “achismos” e “conformismos” para dar lugar a sua consciência limitada e dependente de todos os elementos que compõem a vida, um basta à autossuficiência capenga e caricata. Que 2012 seja a despedida das aparências (porque elas enganam, viu?) e a valorização do SER (ao contrário do TER). Porque de resto, ao panorama que se vislumbra ao longe, estaremos todos a mercê de novos cataclismos (como de costume desde sempre na história da Terra) para verificarmos se na prática conseguimos alcançar bons resultados de nossas próprias transformações."